por Pedro Luso de Carvalho
WILLIAM BUTLER YEATS nasceu num subúrbio de Dublim, Sandymount, Irlanda,
em 13 de junho de 1865. (...) Yeats morreu em 29 de janeiro de 1939 e foi
sepultado em Roquebrune (França). Nove anos depois uma fragata levou seus
restos para a Irlanda; repousam eles hoje no cemitério de Drumcliff, de acordo
com o expresso desejo do poeta, em sepultura onde se lê o epitáfio que para
isso ele escreveu.
Segue um trecho da Introdução do
livro: "Em 1886, dizia John O'Leary que um dos muitos infortúnios da
Irlanda era o de nunca ter produzido um grande poeta. E confiava em que Deus
houvesse reservado para os irlandeses tal dádiva. A essa altura, já vinha
ensaiando versos, fazia poucos anos, William Butler Yeats, o qual tinha então
21 anos e começava a escrever poesia aos dezessete".
(...) Em janeiro de 1924 Yeats viajou para Estocolmo a fim de receber o
Prêmio Nobel, que lhe fora conferido.
Segue, de W. B. Yeats, o poema Oh não Ameis por Longo Tempo
A rosa do mundo é uma das poesias que integra o livro “Poemas de W. B.
Yeats", traduzido por Péricles Eugênio da Silva Ramos, São Paulo: Art
Editora, 1987, p. 63. (O tradutor diz que “O texto que seguimos para a nossa
tradução é o constante de W. B. Yeats – The Poems edited by Richard J.
Finneran, Macmillan, London, 1984".)
[ESPAÇO DA POESIA]
OH NÃO AMEIS POR LONGO TEMPO
(por W. B.
Yeats)
Bem-amada, não ames muito tempo:
Por longo tempo dei o coração,
E vim a me tornar fora de moda
Como velha canção.
Pelos anos de nossa mocidade
Nenhum de nós podia separar
Seu pensamento do do outro,
Pois eles só sabiam concordar.
Mas oh! Num só minuto ela mudou:
- Não deis por longo tempo o coração,
Ou ficareis fora de moda
Como velha canção.
* * *